As maiores diferenças entre unidades offshore (FPSOs e FSOs) e petroleiros convencionais geralmente são que as unidades offshore:
- Estão continuamente carregando e descarregando em uma variedade de estados do mar
- Possuem mais ciclos globais de carga
- São orientadas pelo vento, o que significa que a proa está constantemente apontando para a direção do vento dominante
- Não têm a possibilidade de evitar estados do mar severos
- Possuem uma descontinuidade no fundo e/ou convés principal devido a uma abertura central
- Têm grandes cargas transferidas na borda do navio, do sistema de amarração, guindastes e flare para a viga do casco
- Precisam realizar trabalhos de reparo em tanques normalmente no local, em condições desfavoráveis, como condições úmidas e de dificil acesso
- Normalmente são projetadas com base em estatísticas de ondas específicas do local com um período de retorno de 100 anos, enquanto os petroleiros geralmente são projetados para estatísticas de ondas do Norte Atlântico com um período de retorno de 25 anos
Essas diferenças podem causar fissuras em locais diferentes para unidades offshore em comparação com petroleiros convencionais. A Autoridade de Segurança de Petróleo na Noruega realizou um estudo com 17 unidades no período entre 2000 e 2019, totalizando 494 fissuras relatadas nessas unidades.
A reparação desses danos é crítica para a integridade da estrutura e requer uma solda certificada, de penetração total, em condições controladas e seguras. Devido ao ambiente offshore rigoroso e à localização desfavorável dessas fissuras quando encontradas nas chapas do casco abaixo da linha d'água, a reparação pode exigir que a embarcação seja movida para uma doca seca, resultando na paralisação da produção e causando uma perda econômica enorme para o operador. Fissuras menores podem ser reparadas com métodos tradicionais, como coferdames instalados por mergulhadores ou ROVs offshore, mas essas operações requerem condições meteorológicas que raramente estão presentes offshore e, além disso, sistemas significativos de suporte e auxiliares, como embarcações de apoio.
A tecnologia de reparo de fissuras da Remotion torna possível reparar essas fissuras no casco offshore, mesmo em condições extremas, enquanto a produção da embarcação não é interrompida e com um pequeno conjunto de equipamentos e poucos tripulantes a bordo da unidade.
Nossa equipe de engenharia, junto com a experiência habilidosa de nossos operadores, desenvolveu um método que garante que a área da fissura seja adequadamente vedada e mantida seca do lado de fora do casco, enquanto os soldadores podem trabalhar com segurança e reparar o dano do interior do casco.
Para alcançar isso, desenvolvemos nosso avançado sistema de coferdames e método de instalação por meio de nossos M-ROVs.
Nosso coferdames oferece:
- Vedações de alta temperatura (270°C), que permitem o pré-aquecimento da área rachadaoC), which allow the pre-heating of the cracked area
- Barreira dupla; ao redor da câmara de soldagem, há uma vedação secundária e uma câmara de vácuo para aumentar a segurança
- Pressão atmosférica constante na câmara de soldagem
- Gás de solda pode circular dentro da câmara de soldagem
- Controle visual da câmara de soldagem por câmeras HD e luzes subaquáticas
- Sensor de entrada de água na câmara de soldagem
- Sensor de temperatura na câmara de soldagem
- Sensor de pressão tanto na câmara de soldagem quanto na câmara de vácuo secundária
- Unidade de válvulas controlada remotamente para controlar as linhas de drenagem e vácuo
- Válvula de retenção de segurança para isolar o vácuo em caso de falha na bomba
- Software de controle e monitoramento com GUI na tela
O coferdame é instalado por um de nossos M-ROVs com precisão milimétrica.
Para aumentar ainda mais a segurança dos soldadores dentro do casco, o M-ROV permanece no local e segura o coferdame durante o reparo. Isso significa que a força magnética do M-ROV complementa a força do vácuo, enquanto o M-ROV pode intervir imediatamente se necessário.
Quando o reparo é concluído, o cofferdam é removido e retido no convés pelo M-ROV.
Passos Operacionais:
- M-ROV mergulha com câmeras, ferramenta de limpeza do casco, ferramenta de esmeril e o cofferdam
- Limpeza da área de crescimento marinho e localização da rachadura
- M-ROV remove a tinta ao longo da rachadura com sua ferramenta de esmeril
- M-ROV instala o coferdame
- O vácuo é estabelecido e a água é drenada da câmara de vácuo
- Teste de integração desligando a bomba de vácuo
- Soldadores reparam a rachadura
- NDT da solda de reparo
- M-ROV remove o cofferdam
- Inspeção do lado molhado do reparo pelas câmeras do M-ROV
- M-ROV retorna ao convés
Estamos orgulhosos que nossa solução tenha sido utilizada com sucesso pela Equinor. Durante três campanhas offshore entre 2018 e 2020, um número significativo de rachaduras foram reparadas. As campanhas foram realizadas durante condições climáticas adversas no Mar Norueguês, trabalhando em uma profundidade de -9 a -1m.
A Remotion possui diversos coferdames e sistemas M-ROV disponíveis para mobilização imediata em todo o mundo.
